Hoje de manhã os professores se reuniram em assembléia. A maioria decidiu, através de votação, continuar em greve. Assim, eu também continuarei em greve. Na sexta-feira, 17 de abril, haverá outra assembléia dos professores em Taguatinga. Esperamos que até lá o GDF apresente uma proposta coerente com a lei sancionada pelo governador José Roberto Arruda (lei nº 4075 de 28 de dezembro de 2007). Solicito obsequiosamente que os pais não levem as crianças à escola enquanto eu estiver em greve. O governador Arruda adotou a medida de convocar professores não efetivos, isto é, contratados temporariamente, para substituir os professores em greve. Todavia, em todas as greves, os professores sempre estiveram comprometidos com a reposição de todos os dias letivos paralisados. Destarte, eu reporei cada dia paralisado, sem prejuízo dos projetos (Arte de Criança) já iniciados pela turma.
Durante as reuniões de conscientização realizadas pelos professores durante a greve, a professora Marly citou um exemplo muito esclarecedor acerca do que representa a postura do GDF ao contratar professores temporários para substituírem os professores em greve:
Imagine uma esposa maltratada pelo cônjuge. Ele mente, a engana e trai. Então, após anos de conversa, ela finalmente decide: não mais fazer as tarefas de casa. O cônjuge reage: "Tudo bem. Vou colocar outra no seu lugar. Vou substituir você por outra." Ultrajante, não? Mas é justamente isto o que o GDF tem feito com os professores em greve.
Não podemos compactuar com esta postura. Estamos educando nossas crianças para o exercício pleno da cidadania e isto inclui o exemplo dos professores na exigência do cumprimento da lei.
Com saudades das minhas crianças, mas muito agradecida por todo o apoio que tenho recebido da comunidade escolar, deixo abraços aconchegantes e beijinhos para os meus pequeninos!
Um comentário:
Dany,
Adorei a comparação da prof Marly que vc postou no blog.
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