Na Assembléia de hoje, nós deliberamos e votamos. Com uma diferença mínima de votos, a maioria dos professores decidiu suspender a greve temporariamente, mantendo o estado de mobilização. Isto porque o governador Arruda apresentou uma proposta que, além de insuficiente, começará a ser colocada em prática apenas a partir de junho. Destarte, se naquela ocasião o governador não cumprir o compromisso assumido, à categoria restará a alternativa de mais uma vez deliberar em assembléia acerca das medidas a serem tomadas. Todavia, crendo que o governador não apenas honrará o compromisso assumido com a categoria, mas também assegurará a normalização do pagamento dos professores grevistas haja vista o compromisso assumido por estes de efetivar a reposição de todos os dias letivos paralisados, votou-se pela suspensão da greve.
Acompanhemos todos juntos os encaminhamentos do governador no que se refere ao cumprimento da proposta e, mais do que isso, da lei 4075/2007, que não foi anulada pelo acordo firmado durante a greve.
Mais uma vez, agradeço o apoio de todos vocês. Sem esta parceria, minha mobilização não seria possível. Que o sentimento que emana do exercício pleno da cidadania continue nos mobilizando! Agora que a greve está suspensa, não significa que tenhamos que permanecer inertes. São necessárias outras atitudes, outras formas de manifestação e reivindicação por uma educação que seja verdadeiramente universal e de qualidade.
Preferencialmente, com a mesma valorização dedicada às escolas das classes abastadas onde os filhos das lideranças políticas deste país estão matriculados.
Nestas escolas, o recurso dedicado a cada estudante é altíssimo. São escolas que possuem excelente estrutura física, recursos tecnológicos de última geração, profissionais de diversas áreas valorizados(pedagogos, psicólogos, orientadores educacionais, nutricionistas, administradores etc.), enfim, um cenário bastante diferente daquele que constatamos nas escolas públicas do país. Por quê? Porque lá estão os filhos dos deputados, senadores, governadores, empresários...
Ah, se esta discrepância existisse apenas na área educacional...
Olhemos para os hospitais, para os bairros, para a segurança... Há alguma diferença entre aqueles voltados para as classes abastadas e os que são direcionados para as classes populares, isto é, os serviços públicos? Por quê?
A todos os pais, mães, responsáveis, estudantes, meninos, meninas que nos apoiaram: MUITO OBRIGADA!!!
Saudades das minhas crianças...
Amanhã quero muitos abraços e beijinhos!!!
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