sexta-feira, 24 de maio de 2013

Taumatrópio: você sabe o que é?

Na continuação das nossas explorações sobre a arte de colocar imagens estáticas em movimento, descobrimos um instrumento chamado taumatrópio.



A palavra Taumatrópio vem do grego thaûma (maravilha) + tropos (virar, transformar) que significa "que se transforma em algo maravilhoso".

O Taumatrópio foi inventado em 1824 por Jonh Ayron, médico e fisíco inglês, como objetivo de provar o fenômeno ocular da “persistência retiniana”. 

Trata-se de um objeto composto por um círculo de papel preso em suas extremidades por barbantes com duas imagens diferentes estampadas. O objetivo é que as imagens se sobreponham ao torcer o barbante e destorcer, fazendo que o círculo gire e com rapidez vemos as duas figuras sobrepostas, como o exemplo do pássaro na gaiola.

Esse efeito ou ilusão de óptica é dado pelo fenômeno da "persistência retiniana".

Persistência Retiniana é a capacidade que o olho humano tem de reter a imagem, ou seja, as imagens permanecem por um determinado tempo em nossa retina - cérebro - de aproximadamente 1/16, dezesseis frames por segundo, qualquer imagem que fique mais tempo que esse dará impressão de movimento. Então a imagem que captamos - acima dessa velocidade - não se apaga antes que a próxima chegue, isso acontece sucessivamente - eis aí o movimento, ou a impressão de movimento. 



Estudamos sobre o taumatrópio e cada criança construiu um para si.

































Simplesmente mágico!


3 comentários:

Anônimo disse...

O seu artigo sobre o Traumatrópio tem uma informação incorreta, este instrumento foi criado em 1824 por Peter Mark Roget e não por Ayron em 1924.

Dany disse...

Olá, anônimo!
O artigo postado tem uma fonte, que foi referenciada no fim do fragmento que postei, pois não é de minha autoria.
Sobre o TAUMATRÓPIO há bastantes informações na internet:

Os anos 20 do século XIX se tornaram decisivos no processo de produção e percepção das imagens. No campo da produção, os experimentos de Joseph Niépce (1765-1833) e seu sócio Luis Daguerre (1787-1851) criaram as condições para a invenção da fotografia, elemento fundamental para as pesquisas de movimento com sequências de imagens.

Muito antes destes processos complexos, alguns cientistas se preocupavam com o funcionamento da percepção humana acerca do movimento. Em 1824, Peter Mark Roget apresentou um artigo à Royal Society de Londres (pdf original: The_Persistence_of_Vision_with_Regard_to_Moving_Objects_by_ Peter_Mark_Roget_1824), onde discutia a sensação ilusória de se enxergar uma roda de carruagem rodar ao contrário durante seu movimento normal de rotação. A teoria da Persistência Retiniana comandou por muitos anos o campo da neurofisiologia e neurologia acerca do processo de percepção das imagens. Hoje em dia, essa teoria é completamente defasada, são os efeitos phi (Φ) e beta (β) os mecanismos responsáveis pelo processo de formação das imagens em movimento.
Ainda em 1824, o físico inglês John Ayrton Paris (1785-1856) fez uma demonstração do funcionamento da Persistência Retiniana ao Royal College of Physicians utilizando o Taumatrópio. Historicamente, há uma divergência da real patente deste brinquedo ótico. Alguns relacionam o invento à Peter Mark Roget que o apresentou na mesma data da publicação de seu artigo. De fato, qualquer um dos possíveis inventores, se baseou nas idéias do astrônomo John Herschel (1792-1871).

Obrigada pelos comentários!

Dany disse...

Sugiro ainda este breve comentário ilustrado: https://sapientia.ualg.pt/bitstream/10400.1/2761/35/TaumatropioFinal.pdf

Amplexos!