quinta-feira, 11 de abril de 2013

Lenda da Lua


Conta uma antiga lenda chinesa que o Arqueiro Yi-Bo recebeu da rainha do Ocidente a missão de guardar uma poção que daria a imortalidade a quem a bebesse. Chegando em casa com a poção, Nan Chán, a mulher do arqueiro, lhe pediu um pouco daquela bebida e ele negou. Ela espera, até a hora em que ele se distrai e dorme,  aproveita então essa hora, rouba e foge com essa bebida. Foge para bem longe, para a montanha mais alta. O arqueiro desolado, sem saber o que fazer, volta ao palácio e conta à rainha e ela conta ao imperador. O imperador, sem piedade, ordena que Yi-Bo persiga Nan Chán e a mate.

eclipse
A essa altura dos acontecimentos, Nan Chán já havia chegado à Lua. Chegando lá, a mulher de Yi-Bo pega essa poção e bebe, hora em que se forma o Tch'eu (eclipse), palavra que em chinês quer dizer "o sapo devora a lua". O Imperador, assustado, manda que seus arqueiros atirem flechas, mas a mulher de Yi-Bo havia transformado-se no que sempre fora e ninguém sabia, a deusa Lua, e nenhuma flecha lhe atinge. 

eclipse
Seu marido arqueiro se transforma em sapo, porque não reconheceu que aquela camponesa não iria permitir que uma rainha qualquer tomasse a poção da imortalidade. Na China, durante muito tempo, os arqueiros disparavam flechas para a Lua, em um ritual que lembrava esse acontecimento e, até hoje, a lua sempre vem anunciando a chuva, que tanto alegra as rãs e os descendentes do sapo que já foi seu marido.

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