terça-feira, 23 de abril de 2013

Criando a própria história para o Teatro de Sombras

As crianças da turma adoram brincar com as sombras e suas possibilidades. Propus para elas que criassem uma história para confeccionarem os personagens e fazerem um teatro de sombras.
Criar a história coletivamente foi um momento de grande discussão, discordâncias e acordos. Os meninos não queriam que o dragão morresse ao final da história. Para tanto, tiveram que aceitar a entrada do unicórnio na história.
A bruxa tinha que ser linda e se casar também.
Depois de muita conversa, a história ficou assim:



As crianças escolheram quais personagens gostariam de desenhar para fazerem o teatro de sombras. A empolgação foi tanta que surgiram inúmeros desenhos. Diante da quantidade de desenhos, elas sugeriram escolher apenas alguns.
Mas como escolheriam? Como seria feito?
As crianças fizeram então uma votação.
Cada autor do desenho explicava qual elemento da história havia representado e participava da votação, que foi feita por personagem/elemento (todos os desenhos de princesas, todos os desenhos de bruxas, todos os desenhos de carruagens etc.).
O momento da eleição foi singular!
Cada criança se pronunciava e a professora ia anotando cada voto. Os votos eram contabilizados ao final. As crianças decidiram que em vez de permanecer apenas um desenho de cada categoria, permaneceriam dois para serem utilizados no teatro de sombras.
Na hora do pronunciamento do voto, as crianças refletiram sobre vários aspectos e falavam umas às outras:
"Você não pode escolher o da 'fulana' só porque ela é sua amiga".
"Você tem que pensar na história".

"Eu não sei qual escolher. Posso escolher depois?"

" 'Fulano', escolhe o meu!"
"Para! Eu que vou escolher".

"Eu escolho o do 'fulano' ". 
"Por que você não escolheu o seu?"
"Porque eu achei o do 'fulano' mais legal".

Enfim, muitas discussões acaloradas, muitas reflexões. Os desenhos que não forem utilizados no teatro de sombras, serão organizados juntos aos outros desenhos das crianças.





















segunda-feira, 22 de abril de 2013

Teatro de Sombras gratuito no Gama

"Nós" dia 27 de abril no teatro de bolso Bagagem

Olá, pessoal!

E o espetáculo de sábado dia 27? Há, esse tem sim, senhor! Teremos pela primeira vez em nosso teatro de bolso o espetáculo "Nós" da Cia Roupa de Ensaio. Um belo espetáculo para todas as idades. Eles escolheram a técnica secular do teatro de sombras para contar a história da garotinha Mel.

Confira mais sobre a peça abaixo:

Mel é uma garota que morava na pequena cidade de Pamonhas e vivia rodeada de borboletas, motivo pelo qual gerava brincadeiras por parte dos habitantes 'normais' da cidade. Mel porém nunca conseguia chorar e por isso acabou com o corpo cheio de nós, um mais apertado que o outro. Até um dia em que foge de Pamonhas. Ela andou, cruzou montanhas e rios, até que encontrou alguém que ganhou sua confiança e ajudou-a a desatar seus nós. Então, Mel conheceu uma cidade em que cada um tinha seus próprios nós e ninguém ligava para isso.  Mel não sabia que havia tantas coisas para conhecer  fora de sua cidade.

Gostou né?
Então não perca neste sábado dia 27 de abril este lindo espetáculo!
Aaa! A entrada é franca e a classificação indicativa é livre! Por isso traga toda  a sua família!


“Nós”
Dia 27 de abril de 2013
Às 17 horas
Classificação indicativa livre
Entrada franca
O Espaço Cultural Bagagem fica na quadra 40 loja 16, Setor Central, Gama -DF
Informações: 3556 6606 ciabagagem@gmail.com e ciabagagem@hotmail.com 

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Sara fazendo vídeos

Os vídeos seguintes foram feitos pela Sara durante brincadeira no parque.
Ela pediu meu celular emprestado e fez estes registros.







domingo, 14 de abril de 2013

Ipaty: o curumim da selva


Ipaty: o curumim da selva

Livro de Ely Macuxi, descendente do povo indígena Macuxi, que imediatamente faz lembrar a controvérsia em torno da demarcação da Terra Indígena Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima, que durante anos consumiu muitas vidas, mobilizando sempre a atenção e a reflexão renovada de muitos brasileiros e estrangeiros. Na área demarcada – formada por imensas planícies aparentadas ao cerrado e cadeias de montanhas, na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana – vivem cerca de vinte mil indígenas, sobretudo da etnia Macuxi. Além dos Wapixana, Ingarikó, Taurepang, entre outros.


O livro narra as aventuras do curumim, cujo nome dá título ao livro, contadas pelo próprio menino. Entrelaçadas nas aventuras estão as lendas, os mitos, as tradições, os costumes e o cotidiano dos Macuxi, indígenas que habitam as serras do estado de Roraima, próximo à fronteira do Brasil e Venezuela.



Livro infantil: Escola de Chuva




O amor de uma professora e de seus alunos pela escola, 
uma história que nem as chuvas de verão levam embora...
• Escola de chuva é do mesmo autor de Chuva de manga e O presente de aniversário do marajá. 
• Agraciado pelo Prêmio norte-americano Oppenheim Toy Portfolio com o selo de ouro de melhor livro de 2010.
• Uma emocionante história sobre o amor pelo aprendizado, o 
desejo de estudar e sobre a maior herança que um adulto pode 
deixar para uma criança: o conhecimento. 
É o primeiro dia de aula em Kelo, no Chade, na África. As crianças 
caminham pela estrada. “Vou ganhar um caderno?”, pergunta 
Tomás. “Vou ganhar um lápis? Vou aprender a ler como vocês?”.
Mas quando ele e as outras crianças chegam à escola, não há sala 
de aula nem carteiras. Apenas uma professora. “A primeira lição é 
construir a nossa escola”, diz ela.
Esta bela história permite explorar temas como aprendizado,
perseverança, escola, primeiro dia de aula, conto africano,
estações do ano, reutilização de materiais.
O americano James Rumford é autor dos livros Chuva de 
manga e O presente de aniversário do marajá, publicados pela 
Brinque-Book.


sexta-feira, 12 de abril de 2013

Brincando com sombras

Aqui estão vários vídeos (de curta duração) gravados pelas crianças durante brincadeiras com teatro de sombras.


















quinta-feira, 11 de abril de 2013

Kika: de onde vem o dia e a noite

Depois de muitos testes usando lanternas, bolas, colegas, globo terrestre, as crianças assistiram esse vídeo.





O que já sabemos sobre a sombra

No início das nossas conversas sobre as sombras, nós falamos bastante sobre as hipóteses das crianças.
Entre várias falas de todas as crianças da turma, registro aqui:

"No escuro a sombra não aparece porque a sombra também é preta."
"Também tem sombra branca."
"A sombra fica debaixo da terra e quando a gente sai na rua, ela aparece."
"À noite não tem sombra porque está escuro."
"Na floresta não tem sombra porque a sombra fica neste país e não em outro país."
"Para fazer sombra vermelha é só arranjar luz vermelha." "Mas a sombra vai ficar preta." "É só comprar luz amarela."
"Minha mãe falou que não existe sombra colorida."
"A sombra fica da cor da luz."
"A sombra não muda de lugar."
"O sol fica nos seguindo, quando fica escuro, acaba a sombra."
"A sombra aparece sempre do mesmo tamanho."
"Porque a gente é pequeno a sombra fica do nosso tamanho."
"O sol fica sempre se mexendo. A lua vai para baixo da terra e aparece muita luz por toda parte."
"O sol fica me seguindo."
"O céu anda seguindo a gente."
"Se acaba a luz, só aparece sombra se acender a lanterna."
"A sombra não aparece na água. Quando eu entrei no rio, não tinha sombra."
"A água é transparente, por isso a sombra não aparece."
"Na água só aparece o reflexo."

Depois de muitos testes, muitas observações, muitas tentativas, discordâncias, ideias, questionamentos...
as crianças chegaram a algumas conclusões, que sintetizaram num Diário de Bordo Coletivo.








Lenda da Lua


Conta uma antiga lenda chinesa que o Arqueiro Yi-Bo recebeu da rainha do Ocidente a missão de guardar uma poção que daria a imortalidade a quem a bebesse. Chegando em casa com a poção, Nan Chán, a mulher do arqueiro, lhe pediu um pouco daquela bebida e ele negou. Ela espera, até a hora em que ele se distrai e dorme,  aproveita então essa hora, rouba e foge com essa bebida. Foge para bem longe, para a montanha mais alta. O arqueiro desolado, sem saber o que fazer, volta ao palácio e conta à rainha e ela conta ao imperador. O imperador, sem piedade, ordena que Yi-Bo persiga Nan Chán e a mate.

eclipse
A essa altura dos acontecimentos, Nan Chán já havia chegado à Lua. Chegando lá, a mulher de Yi-Bo pega essa poção e bebe, hora em que se forma o Tch'eu (eclipse), palavra que em chinês quer dizer "o sapo devora a lua". O Imperador, assustado, manda que seus arqueiros atirem flechas, mas a mulher de Yi-Bo havia transformado-se no que sempre fora e ninguém sabia, a deusa Lua, e nenhuma flecha lhe atinge. 

eclipse
Seu marido arqueiro se transforma em sapo, porque não reconheceu que aquela camponesa não iria permitir que uma rainha qualquer tomasse a poção da imortalidade. Na China, durante muito tempo, os arqueiros disparavam flechas para a Lua, em um ritual que lembrava esse acontecimento e, até hoje, a lua sempre vem anunciando a chuva, que tanto alegra as rãs e os descendentes do sapo que já foi seu marido.

Construindo uma caixa para Teatro de Sombras

Construímos caixas para fazermos Teatro de Sombras. 
Compartilhamos agora com vocês o modo de fazer.




Depois de fazermos as caixas, as crianças foram ditando a receita e a professora foi escrevendo.

Depois, testamos o funcionamento das caixas.
A professora levou uma luminária para ser a fonte de luz e contou a Lenda Chinesa da Lua.
Então, as crianças recontaram a história muuuuuitas vezes! Todos nos divertimos muito com o Teatro de Sombras feito com caixa.
As fotos abaixo foram tiradas pelas crianças.